NÓS NASCEMOS COM RACISMO?

NÓS NASCEMOS COM RACISMO?


Você pode se surpreender com a resposta

Nós nascemos racistas? Se você está curioso pela resposta, devo adiantar que ela não é muito clara. O preconceito tem muitas facetas na sociedade e na biologia, mas uma coisa é certa: nós nascemos fazendo diferenciações. Se vamos aumentar nosso círculo de contatos e superar nossas primeiras impressões ou não, é outra história.

Questão de sobrevivência

Segundo Rodolfo Mendoza-Denton, professor de psicologia e ciências sociais na Universidade da Califórnia em Berkeley, nos EUA, e coeditor do livro “Are We Born Racist?: New Insights from Neuroscience and Positive Psychology” (em tradução livre, “Nascemos racistas?: Novos Insights de Neurociência e Psicologia Positiva”), a pesquisa mostra que os seres humanos têm uma propensão natural para fazer distinções entre “nós” e “eles”.

Essa tendência tem um valor de sobrevivência. Precisamos saber em quem confiar e com quem partilhar recursos, e quem é nosso inimigo. Desde tenra idade, prestamos atenção aos sinais que nossos cuidadores (pais ou outras figuras de autoridade) prestam atenção. Também detectamos padrões muito sensíveis em relação a outros seres humana.
Vamos dizer que, quando criança, você teve uma experiência assustadora com o Papai Noel. Isso pode te fazer se sentir desconfortável com qualquer pessoa com uma barba branca mais tarde na vida.

Isso significa que nascemos preconceituosos?

Não.
“Há alguns anos, uma pesquisa que fez manchetes parecia sugerir que somos programados para ser racistas”, explica Mendoza-Denton.
Os cientistas descobriram que, quando os sujeitos da pesquisa foram convidados a fazer distinções entre fotos de rostos negros e brancos, uma parte do cérebro chamada amígdala se iluminou. A amígdala é parte do sistema límbico, uma parte inicial da evolução do cérebro, de modo que os resultados pareciam mostrar que o viés (o “preconceito”) é uma resposta muito básica ou primitiva.
“Mas, desde então, descobrimos que a amígdala se acende quando as pessoas são convidadas a fazer quase qualquer tipo de distinção socialmente relevante, positiva ou negativa. Assim, a compreensão científica atual é que somos programados para fazer distinções que são úteis na navegação de nosso mundo social, mas não para sermos racistas per se”, conclui.

Existe uma função social para o preconceito?

“Fazer reivindicações sobre se uma tendência comportamental evolutiva é adaptável nos dias de hoje é sempre uma proposição perigosa. Mas você pode certamente dizer que os vieses e preconceitos que temos tornam o mundo mais simples, no sentido de que não é tão difícil decidir em quem confiar e em quem não confiar”, afirma Mendoza-Denton.
Ou seja, preconceitos nos dão um esquema pré-determinado a partir do qual podemos fazer sentido do mundo. Mas, especialmente em uma sociedade multicultural como a nossa, preconceitos são frequentemente muito limitantes e prejudiciais.

Efeitos de saúde do preconceito e do racismo

Existem consequências para a saúde de ambos alvos e agentes de discriminação, mas elas são muito mais graves para as vítimas.
Para as pessoas que são normalmente alvos de discriminação, como afrodescendentes, particularmente quando essa discriminação é crônica, as consequências para a saúde são importantes e claras.
“Meu trabalho tem mostrado que a discriminação e a ameaça de discriminação são muito estressantes para o corpo. Levam a processos inflamatórios, que são por sua vez relacionados com muitas das consequências para a saúde que vemos entre as populações minoritárias no país [os EUA], tais como doenças cardíacas e diabetes”, diz o pesquisador.
A intolerância também tem consequências negativas para as pessoas que são preconceituosas. Interagir com grupos do qual uma pessoa tem preconceito pode ser altamente estressante e produzir ansiedade. Intolerância muitas vezes se manifesta em raiva, e sabemos que a raiva tem consequências significativas para a saúde também.

O que podemos fazer para minimizar ou eliminar nossos preconceitos?

A primeira coisa a entender é que as distinções “nós” e “eles” são altamente maleáveis. Quer se trate de raça, classe, religião, sexo ou orientação sexual, a pesquisa mostra que as identidades específicas podem mudar.
“A familiaridade produz o gosto”, explica Mendoza-Denton. Ou seja, quanto mais contato você tiver com grupos diferentes, menos influenciado por estereótipos e preconceitos você será. “Alguns dos nossos preconceitos surgem simplesmente porque não temos experiência com outros grupos. Nós nunca temos a chance de refutar nossos estereótipos defeituosos”.
Se você não conhece nenhum gay, por exemplo, pode ter uma imagem desse grupo que não corresponde com a realidade. Ao passar tempo com pessoas gays, você pode acabar percebendo que elas são na verdade muito parecidas com você.
Os benefícios positivos de experiências como esta podem ir além dos indivíduos envolvidos. “Se eu disser a um amigo meu que é tendencioso contra gays que um colega de trabalho que eu admiro muito é gay, por exemplo, esse amigo pode começar a questionar seus próprios preconceitos. Isso é chamado de efeito prolongado de contato, e pode ser bastante poderoso”, conta o estudioso.

O público é importante na mudança de percepções

A notícia desanimadora é que a nossa sociedade é estruturada contra este tipo de mistura de grupos. Continuamos a ser segregados por classe e status, e é muito fácil para as pessoas evitar o contato com outras que “não são como elas”.
Figuras públicas e leis públicas podem entrar em cena para mudar a percepção de certos preconceitos na sociedade, nesses casos.
Mendoza-Denton cita que a presidência de Obama – o próprio fato de terem eleito um homem negro para o mais alto cargo nos EUA – mudou a paisagem para muitas pessoas. Ter mulheres em posições de liderança também pode mudar as atitudes e percepções sobre as mulheres.
Por fim, leis em favor do casamento gay, por exemplo, sinalizam uma posição cultural com respeito a certas diferenças. Sinalizam uma norma social, estabelecendo a forma como nossa sociedade pensa sobre determinadas questões.

Dica para se tornar menos preconceituoso

Se você quer se livrar de seus pré-conceitos, o que deve fazer é tentar ampliar seus contatos para incluir pessoas que não estejam naturalmente no seu círculo social. Parece simples, mas não é.
“Deixe-me mencionar um achado interessante de estudos com crianças pequenas. As crianças mais populares, os pesquisadores descobriram, têm as mais diversas redes sociais. Elas são amigas de todos. Mas, conforme ficam mais velhas, elas perdem a diversidade em suas redes sociais. Por quê? Por pressão dos colegas”, explica Mendoza-Denton.
Não se acomode. É importante tentar, deliberadamente, ser inclusivo em suas amizades e relacionamentos. E é preciso ter cuidado para ser realmente genuíno. Se você pensa: “Miguel, meu amigo negro”, isso em si pode ser um problema, porque ele é seu amigo negro em vez de apenas seu amigo.
Uma estratégia para conviver em diversidade sem destacar diferenças é encontrar pontos em comum, como mesmo gosto musical ou interesse em esportes. O esporte é uma bela forma de juntar um grupo diversificado de pessoas com base em seu amor por futebol, basquete ou yoga, por exemplo.
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Depressão é uma coisa estranha. Isso todo mundo entende certo.
Mas existem alguns outros detalhes sobre a doença, conhecida como “o mal do século”, que são difíceis de explicar. Não custa tentar, no entanto. Veja alguns fatos que você provavelmente não entende sobre a condição:
5. Pessoas deprimidas estão constantemente tristes e sozinhas
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Aquele estereótipo de pessoa com depressão não corresponde à realidade. Se você não sabe de qual estereótipo eu estou falando, faça uma busca no Google Imagens por “depressão”.
Claro que ALGUMAS pessoas ficam assim, mas isso não é uma realidade para todos os casos.
Apesar de vermos vários exemplos na cultura pop, a depressão não é um desfile constante de destruição e desespero. Essa é uma das razões pelas quais as pessoas têm tanta dificuldade em perceber que seu amigo está deprimido. As pessoas ficam se questionando: como ela poderia estar deprimida se semana passada mesmo tocou o terror!?
As pessoas, muitas vezes, se sentem no seu melhor quando estão socializando, porque os problemas da vida ficam escondidos lá no fundo. Mas quando você está sozinho, enrolado em uma bola de medo e pânico como um gatinho, a depressão ataca pra valer. Seus amigos não estão lá para ver você sim. Na verdade, ninguém está. É só você com você mesmo, e você não quer falar com ninguém sobre isso, porque seu cérebro está dizendo ninguém está nem aí para você.
Variações
Mesmo quando uma pessoa com depressão está fazendo tratamento, haverá momentos em que ela vai se sentir bem consigo mesma, mas extremamente triste com os amigos. Seu humor quase parece ser aleatório, como se seu cérebro estivesse jogando roleta com suas emoções.
Tem dias que a pessoa acorda querendo conquistar o mundo e fazer 300 mil coisas, mas também tem dias que ela só quer ficar deitada, sem falar com ninguém. Também existem aqueles dias que a pessoa deprimida não quer fazer nada além de comer e/ou se masturbar.
O ponto é que, quando você está deprimido, você está em uma batalha constante com o seu cérebro para assumir o controle de sua vida. Claro que a pessoa pode ganhar, mas precisa primeiro saber que essa luta está acontecendo.
E essa batalha pode durar a vida inteira.
Depressão na adolescência: preste atenção a estes sintomas
4. Depressão significa apenas ser triste
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Quando você ouve que alguém está deprimido, você entende que essa pessoa está triste. Mas essa não é a única emoção ligada a doença.
Algumas pessoas acabam com uma espécie de gatilho de raiva – tipo o do Hulk – e vão aos extremos. Isso pode acabar afetando muito mais quem convive com o depressivo do que ele mesmo.
Por exemplo: uma maneira de se sentir melhor com si mesmo é fazer com que outras pessoas se sintam como uma merda. Então um bom ataque seria contar ao filho do seu vizinho que suas pinturas parecem que foram feitas por um chimpanzé tetraplégico.
Claro, a pessoa ainda está deprimida ao fazer isso, mas pelo menos não se sente como um imbecil que não pode nem pintar umas vaquinha simples.
Isto é especialmente problemático, porque os amigos e familiares vão estar menos entusiasmados em estender a mão para alguém que poderia morder e arrancar ela fora.
Sintomas contraditórios são parte do que torna a depressão difícil de ser detectada.
A pessoa pode ter dificuldade em adormecer ou pode dormir demais, e de qualquer forma pode não perceber que essas coisas fazem parte de um problema maior.
É normal uma pessoa deprimida querer dormir o dia inteiro, perder muito peso ou engordar demais. Alguns podem também ter dificuldade em lembrar as coisas, ou de se concentrar. Machucar a si mesmo também não é incomum. Mas, como eu disse, todas essas coisas variam de pessoa para pessoa.
E, claro, todos estes “pequenos” problemas se somam para criar novos problemas – por exemplo, é difícil ficar motivado para cuidar de todas as suas tarefas rotineiras do dia-a-dia.
Quando você está triste, cansado e faltam nutrientes, as dificuldades só vão se multiplicando. Para ajudar, ainda há o desejo sexual reduzido.
Os efeitos colaterais sexuais afetam muitas pessoas deprimidas. Se você está em um relacionamento e não pode soltar fogos e dar piruetas, o parceiro pode ficar insatisfeito ou preocupado demais. E então aparece uma outra preocupação recorrente: estar fazendo o parceiro infeliz. E daí a pessoa fica infeliz também. E tudo se torna uma grande bola de neve.
Cada caso é um caso
Ter a libido derretendo como um picolé ao sol não é um efeito colateral garantido. Um estudo descobriu que algumas mulheres deprimidas têm mais vontade de sexo, porque estão usando a diversão de orgasmos para lutar contra outros sintomas de depressão.
3. Antidepressivos não funcionam
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Por favor, pare de acreditar em uma bobagem dessas.
Todos já ouviram falar que os antidepressivos são placebo. Água que até passarinho pode beber. Essa informação geralmente é acompanhada por uma estatística assustadora que diz que mais pessoas nos Estados Unidos estão tomando mais antidepressivos do que a água, ou um comentário sobre como nos bons velhos tempos as pessoas não precisavam ficar empurrando pílulas goela abaixo.
Você pode ver esse show de ignorância até na cultura pop. Garden State, por exemplo, é um filme sobre um homem cuja vida melhora depois que ele para de tomar seus medicamentos prescritos, e todos nós sabemos que Hollywood nunca mentiria para nós. Certo?
Em primeiro lugar, as taxas de depressão estão subindo porque estamos ficando melhor em diagnosticá-la. É a mesma razão pela qual muito mais pessoas foram identificadas como deficientes mentais após as pessoas pararem de achar que um burro chutou na cabeça deles quando criança.
É verdade que, em alguns casos, os antidepressivos não são eficazes. Isso porque o cérebro humano é extremamente complicado, e nós não sabemos muito mais sobre ele do que sabemos sobre o resto do universo.
Você está tentando consertar um computador biológico, e é ÓBVIO que o mesmo tratamento não vai funcionar para todos os pacientes.
Mas da mesma forma que para algumas pessoas antidepressivos não ajudam em absolutamente nada, é irresponsável afirmar o contrário e generalizar seus efeitos. É a mesma coisa que dizer que porque o rastreamento do câncer não tem uma taxa efetiva de 100%, não há nenhum motivo para checar as pessoas por câncer.
Os antidepressivos mais populares são baseados em uma teoria antiquada
Polêmica
A ciência por trás dos antidepressivos é complicada, fortemente debatida e mal compreendida. Mas a verdadeira questão é que as pessoas não entendem qual é a verdadeira finalidade dos antidepressivos em um tratamento.
Eles não são drogas mágicas manipuladas para que o paciente se sinta bem da noite pro dia. Ele não vai simplesmente limpar todos os problemas a tempo de você ganhar um grande jogo; eles são uma parte de um tratamento multifacetado.
Essa parte é longa e tediosa. E digo mais: pode levar meses de experimentação para determinar que tipo de droga ou drogas e quais dosagens são apropriadas para cada pessoa. Porque, mais uma vez, os cérebros são difíceis. O ideal é que os pacientes não desistam muito rápido de tomar seus remédios, afinal, semanas podem ser necessárias para que eles realmente façam a diferença.
O ponto do antidepressivos não é resolver todos os seus problemas; mas sim evitar que você se sinta sobrecarregado para que você possa resolvê-los sozinho.
2. Pessoas deprimidas só precisam sair dessa
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Muita gente acha que esse problema se resolve em um piscar de olhos.
Geralmente são as mesmas pessoas que argumentam que os antidepressivos não funcionam e também adoram dizer que a doença mental é uma nova “modinha”, como quadradinho de oito, de alguma forma menos triste.
Algumas pessoas ainda têm coragem de dizer que é legal estar deprimido, porque você pode agir como uma pessoa infeliz o tempo todo. É tipo um aval para ser um idiota insuportável.
Isso de “querer” ficar deprimido é o que alguns chamam de “autocapacitação” e não significa absolutamente nada. O problema maior é que isso leva a um raciocínio estranho. As pessoas pensam, “se alguém QUER ficar deprimido e dá a entender que de fato FICA deprimido, quem está deprimido é SÓ QUERER sarar! Por que eu não pensei nisso antes?”.
Só que não
Algumas publicações que se dizem especializadas argumentam que as pessoas deprimidas devem combater seus problemas com uma atitude estoica e boa oração à moda antiga, em vez de desperdiçar valiosos reais em coisas estúpidas como “tratamento”.
Antes de acreditar nessas publicações, tenha cuidado. A mensagem principal desse tipo de informação é a de que “a depressão é uma mentira”, por isso, se você tem isso, a culpa só pode ser sua. Claro que isso é exatamente o que uma pessoa com uma doença mental tem necessidade de ouvir: que o problema que está baixando a sua qualidade de vida é um imaginário autoprovocado. Não, né?
As doenças mentais são fortemente estigmatizadas, e não é preciso muito para colocar alguém que já está se sentindo irracionalmente constrangido ainda mais para baixo. Então, não seja aquele cara que acha que a pessoa pode “sair dessa sozinha”. Embora uma atitude positiva possa ajudar (certamente não vai piorar nada), é preciso ter paciência e seguir um tratamento verdadeiro (como medicamentos e terapia) para superar uma doença tão complexa como a depressão.
Exame de sangue pode diagnosticar a depressão em adultos
1. Só Mulheres e pessoas velhas ficam deprimidas
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Os homens enfrentam um estigma quando se trata de admitir problemas de saúde mental.
Mas não se preocupe, eles podem estar apenas tristes porque muitas mulheres agora estão ganhando mais dinheiro do que eles. E isso é apenas um carma por todos aqueles anos que mantiveram as mulheres para baixo, em um papel menor e submisso. Então, não fiquemos com dó.
É preciso ser um tipo especial de estúpido para argumentar que um estigma não existe por perpetuá-lo, mas vamos lá.
É verdade que as mulheres são duas vezes mais propensas que os homens a serem diagnosticadas com depressão, mas isso não é porque os comediantes estavam certos o tempo todo sobre seus cérebros que trabalham de forma diferente.
A teoria mais comum é que os fatores sociais desencorajam os homens de procurar ajuda. A maioria acredita e aceita que os homens não devem sofrer de problemas emocionais como uma garota estúpida e insegura – se eles estão se sentindo para baixo, eles devem caminhar para o deserto e atirar em alguma coisa. Ou gritar com alguém. Ou fazer um churrasco e beber uma cerveja.
Homens que falam sobre seus sentimentos são basicamente bichanos gigantes.
Assim, enquanto a maioria das mulheres estão recebendo tratamento e apoio, os homens são propensos a lidar com os seus problemas através de abuso de substâncias, crises de violência (lembra como isso é um dos sintomas?), e prática de suicídio.
É bem possível que as mulheres ainda sejam mais suscetíveis à depressão – a própria natureza do problema faz com que seja difícil obter estatísticas precisas, bem como o mundo ainda não produziu um estudo preciso sobre o tamanho médio do pênis. É um assunto muito pessoal e difícil de ser atingido, até para a ciência.
Mas pensar que a metade da população é imune à depressão com base em sua genitália é um pouco diferente de pensar que a metade da população é imune ao câncer de próstata.
Adolescentes também escondem depressão
Adolescentes enfrentam seus próprios problemas quando se trata de saúde mental, porque quando as pessoas ouvem um adolescente dizer que está deprimido, eles assumem que é porque a professora de matemática deu uma prova muito difícil ou passou muitos trabalhos.
Mas, enquanto alguns que sofrem de depressão na adolescência se resolvem com uma dose diária de 2 ou 3 maus poemas e cinco porções de Linkin Park, os outros casos são tão graves como o que os adultos enfrentam. Só que os adolescentes são hesitantes em procurar tratamento, porque falsamente supõem que haverão muitos obstáculos.
Talvez eles também estejam preocupados que não serão levados a sério ou que a internet irá chamá-los de “emos”, ou talvez eles não queiram dizer a seus pais sobre isso.
Ou talvez seus cérebros irão simplesmente convencê-los de que não vale a pena o esforço. Lembre-se, muitos deles estão passando por isso pela primeira vez em suas vidas. Para eles, este sentimento é apenas mais uma parte da vida, como lidar com o desejo insaciável por sexo.
Fato é que existem sim dias em que você vai se sentir o maior lixo já produzido pela humanidade. E isso não quer dizer que você está com depressão. Mas, se essa sensação persistir a ponto de ser a única coisa que você pensa sobre si mesmo a TODO MOMENTO, talvez seja hora de respirar fundo e procurar ajuda especializada. [cracked]

6 DICAS PARA SEU RELACIONAMENTO NÃO SE ACABAR

6 DICAS PARA SEU RELACIONAMENTO NÃO SE ACABAR


Não há nenhuma fórmula de sucesso para um relacionamento perfeito. No entanto, cientistas têm estudado muito sobre casais bem sucedidos. Relações são diferentes umas das outras, mas podemos tirar um monte de informações daquelas que sabemos que funcionam.
Ao longo dos anos, esses estudos apresentam algumas tendências que nos ajudam a compreender melhor o que diferencia um relacionamento duradouro de um que termina rapidamente. A maioria das coisas é apenas bom senso, mas isso não significa que nós não precisamos de um lembrete ocasional.
6. Positividade é mais importante do que você pensa
Não é surpreendente que uma pessoa mais positiva provavelmente vá ser feliz em seus relacionamentos. O que é interessante é o quanto isso é importante.
Em um estudo da Universidade de Chicago, os pesquisadores descobriram que quando o marido tem um alto nível de positividade, há menos conflito em seu relacionamento. Da mesma forma, o modo como parceiros respondem a boas notícias vindas do outro também é essencial. Em um estudo publicado no The Journal of Personality and Social Psychology, os pesquisadores descobriram que a forma como os casais reagem a boas notícias, seja com emoção, orgulho ou indiferença, é crucial na formação de uma forte ligação.
A ciência responde: qual o segredo dos relacionamentos felizes?
É claro que você não precisa achar que tudo está sempre muito bem. Apenas certifique-se de mostrar um pouco de alegria quando o seu parceiro for bem-sucedido em alguma coisa.
5. Comunique-se corretamente
Sem surpresa, os estudos mostram que os conflitos sobre dinheiro e má comunicação lideram os problemas de relacionamentos de casais infelizes mais do que quase qualquer outra coisa. Infelizmente, lidar com esses tipos de problema é difícil.
A boa comunicação exige esforço, é difícil e nem sempre corre bem. Mas quando você deixa as coisas pequenas durarem para sempre e não se comunica, surgem problemas. Estudos mostram que normalmente é o dinheiro que leva a esta falha, mas todo relacionamento tem seu próprio conjunto de questões que precisam ser trabalhadas.
4. Mantenha amizades fortes fora do seu relacionamento
Quando você está em um relacionamento, muitas vezes é mais fácil fazer tudo com a outra pessoa. Isso é ótimo, mas é importante manter amizades fora disso. Várias pesquisas mostram que casais felizes mantêm amizades e hobbies fora do relacionamento.
Você não quer gastar todo o seu tempo com uma pessoa, e você quer conversar com outras pessoas, até para não deixar todo o fardo de seus problemas e da sua vida nas costas de uma só pessoa. A escritora Tara Parker-Pope coloca bem em seu livro “For Better” (Para Melhor, em tradução livre): “A maneira de fortalecer um casamento é colocar menos exigências emocionais no cônjuges. Isso não significa perder a intimidade emocional com o seu marido ou esposa. Significa apenas que os casais têm muito a ganhar com o fortalecimento de suas relações com os membros da família e amigos. Os casais mais felizes são aqueles que têm interesses e apoio para além do casal”.
Claro, fazer e manter amigos é um trabalho árduo, mas faça um esforço para manter essas relações fortes, se você quer que seu relacionamento romântico dure.
3. Experimente coisas novas constantemente
Assim como na maioria dos aspectos da vida, tendemos a ficar presos em nossos hábitos nos nossos relacionamentos. Quando isso acontece, as coisas começam a ficar um pouco chatas. Estudos mostram que os casais que tentam coisas novas com regularidade têm relacionamentos mais felizes.
Por que as pessoas se acomodam em relacionamentos infelizes?
Em uma série de experimentos, alguns casais tiveram como atribuição uma tarefa mundana que envolvia simplesmente andar para trás e para a frente dentro de um quarto. Outros casais, no entanto, faziam parte de um exercício mais desafiador – seus pulsos e tornozelos foram unidos enquanto eles também deveriam andar para frente e para trás, mas empurrando uma bola.
Antes e após o exercício, os casais foram perguntados sobre coisas como: “Quão entediado você está com seu relacionamento atual?”. Os casais que participaram das atividades mais desafiadoras e excitantes mostraram aumentos maiores no amor e na satisfação, enquanto os casais que realizaram a tarefa mais fácil não mostraram alterações significativas.
Isto também significa apenas que é importante se divertir juntos. Pesquisa da Universidade de Denver mostra que casais que passam tempo em atividades divertidas tendem a permanecer juntos por mais tempo. “Quanto mais você investir em diversão e amizade e estar lá para o seu parceiro, mais feliz o relacionamento vai ser ao longo do tempo”, diz Howard Markman, psicólogo que codirige o centro da universidade para estudos conjugais e familiares. “A correlação entre diversão e felicidade conjugal é alta e significativa”, compara ele. Essas novas experiências também têm um efeito positivo sobre a sua percepção de tempo e tendem a ajudá-lo a lidar com mudanças inesperadas.
2. Sexo é importante
Como seria de esperar, uma série de estudos mostram que os casais que fazem sexo pelo menos duas a três vezes por semana são mais felizes com o relacionamento. Sem rodeios, independentemente da idade, quanto mais sexo você faz, maior é o nível de satisfação com o relacionamento.
A questão é arranjar tempo para isso. Com todas as atividades da vida moderna, conseguir tempo para fazer sexo tem se tornado cada vez mais raro, ainda mais sexo de boa qualidade. Anthony Lyons, pesquisador da Universidade La Trobe, na Austrália, afirma que os casais precisam aprender a se comunicar sobre suas necessidades sexuais ou suas razões para não querer sexo.
Terminou um relacionamento? A ciência te ajuda a se recuperar
“Os casais precisam conversar sobre a frequência das relações sexuais”, diz Lyons. “Falar abertamente sobre sexo e encontrar um meio termo em relação à frequência parece ser muito importante para a satisfação sexual e do relacionamento em geral”, pondera.
Pode parecer bobagem fazer algo como programar um tempo para a intimidade, mas é importante abrir o diálogo sobre sua vida sexual e dedicar algum tempo para ficar apenas um com o outro.
1. E, obviamente, não seja um idiota egoísta
Para cada estudo sobre questões como sexo, positividade e tudo o mais, há um monte de investigação sobre as minúcias do que faz um relacionamento bem sucedido. Para resumir, a maior parte desta pesquisa é bastante simples: não seja um idiota egoísta. Aqui estão apenas algumas coisas que as pesquisas – e a realidade – dizem que você deve fazer:
Contribua com as tarefas domésticas
Em um estudo de pequena escala, pesquisadores da Universidade da Califórnia (EUA) rastrearam a vida de várias relações ao longo de 4 anos. Suas conclusões? Casais que têm um sistema para lidar com as tarefas domésticas e que cuidam uniformemente delas são muito mais felizes. Então, quando seu parceiro ou parceira sugere que você lave os pratos de vez em quando, apenas lave.
Pare de desperdiçar sua vida jogando videogame
Jogar videogame é muito legal, e até mesmo jogar excessivamente não tem um efeito negativo nos relacionamentos. No entanto, uma pesquisa realizada por pesquisadores da Universidade Brigham Young, nos EUA, descobriu que quando o jogo afeta a rotina de um relacionamento, isso pode causar problemas. Como, por exemplo, quando um dos dois fica acordado até tarde jogando, falta a atividades sociais, ou qualquer outra coisa do tipo. O jogo não é o culpado aqui, porém, a lição é que qualquer hobby que perturba sua rotina vai causar problemas.
Pare de discutir os problemas por mensagens de texto
A tecnologia é maravilhosa, mas um estudo identificou que os casais que lidam com brigas em mensagens de texto têm uma relação de qualidade inferior. Isso significa que os casais que usaram mensagens de texto para pedir desculpas ou lidar com as diferenças em vez de ter conversas cara a cara tendem a relatar infelicidade. Dito isto, mensagens positivas, como um ocasional “eu te amo”, ainda são ótimos, basta parar de tentar resolver as coisas complicadas por SMS ou Whatsapp.
Repense seus hábitos alcoólicos
Se você costuma beber bastante e seu parceiro ou parceira não, existem grandes chances de vocês já terem tido um punhado de brigas sobre o assunto. Acontece que estudos mostram que, quando uma pessoa bebe e a outra não, o problema persiste. Quer uma boa notícia? Casais que bebem juntos são tão propensos a ter um relacionamento bem sucedido quanto casais que não bebem. E não é só sobre a bebida. Outro estudo sugere que as diferenças entre os cônjuges sobre alimentação e tabagismo causam problemas semelhantes.
Obviamente, isso não é tudo. Como já foi dito, não existe fórmula mágica. Além disso, outros estudos mostram que outros aspectos da vida a dois são tão importantes quanto estes mostrados aqui, mas são mais difíceis de se fazer algo a respeito. Por exemplo, alguns estudos têm mostrado que os filhos tornam os casais menos felizes, mas há evidência do contrário também – de crianças de fato tornando seus pais mais felizes dentro do relacionamento. Da mesma forma, os efeitos da convivência, orientação sexual, a ordem de nascimento, educação, idade e muitas outras coisas são fatores importantes para relacionamentos bem sucedidos. Um monte disso está além do nosso controle, e ao mesmo tempo que são coisas interessantes a nível das ciências sociais, não há nada que possamos realmente tirar delas.
Mas a ideia geral desses estudos é simples: ser agradável, manter as linhas de comunicação abertas, e fazer um esforço para fazer as coisas que importam. Esta é a ciência por trás de um relacionamento sólido, mas ela por si só não faz nada. Às vezes, os relacionamentos são muito mais do que ciência.